Eudemim

terça-feira, 17 de setembro de 2024

Sobre procrastinar

 Boa noite.

Você sabe o que é procrastinar?

Segundo o Google, procrastinar é o ato de adiar ou postergar tarefas, compromissos ou atividades que precisam ser feitas. Pode ser causado por diversos fatores, como falta de motivação, medo de fracasso, perfeccionismo ou falta de organização.

É bem comum procrastinar as coisas que  nos incomodam ou que não gostamos mesmo de fazer.

Vou contar algo que tem acontecido comigo, fui numa geriatra no início do ano, ela recomendou que eu precisaria fazer atividade física.. pois é, estamos em setembro e ainda não fui. 

Na verdade, não é do exercício em si que me "impede" de ir, até gosto de fazer musculação, o problema está na locomoção.. pois é, isso mesmo, o fato de ter que sair de casa, o percurso até a academia..

Tudo bem, tem uns 10 dias tomei coragem e fui na academia e de bicicleta.. naquele dia estava muito empolgada, afinal no dia anterior estava com enxaqueca e fui andar de bike e passou, então estava determinada a ir e fazer matrícula e pegar muito peso e blá blá blá..

Bem, cheguei lá, tranquei a bike, falei com a recepcionista que por sinal foi muito simpática e educada.

Ah sim, mas antes preciso lembrar que a academia escolhida também está num ponto estratégico, perto da escola do Don, ou seja, tentando de todas as formas podar qualquer alternativa de desistência.

Ela me passou como funciona, valores, etc.. gostei do ambiente, perguntei qual o horário que tinha menos gente e bateu com o que precisava pq  faria uma viagem só, pegaria o Don depois. Fiquei de voltar na segunda, pq tinha a intenção de convencer o marido a ir comigo. Como era aniversário dele naqueles dias, meu presente fui justamente um par de tênis, eu realmente estava muito empolgada para começarmos juntos, afinal casal que malha junto, emagrece junto.. rsrs.. 

Para motivar ainda mais, comecei a seguir a academia no instagram e aí foi a derrocada.. ver aquelas pessoas postando suas fotos de corpos lindos e sarados me deu uma certa aflição e o Tico começou a questionar, mas como eu com 15k acima do peso, me sentiria no meio de tantas pessoas belas e torneadas? Pois é, foi o caos.. ainda não consegui ir.. pensei em deixar de seguir a academia, mas é algo que preciso conviver não é mesmo? Pq ao mesmo tempo o Tico tem esses pensamentos, o Teco fala que ninguém lá está preocupado comigo, afinal estão somente atentos aos próprios corpos.. 

Sei que o Teco tem razão...


quinta-feira, 5 de setembro de 2024

Choque de realidade

 Oiê quanto tempo!! Vamos tirar a poeira deste blog...

Esses dias estava pensando numa coisa, aliás, esses dias não, já tem mais de um ano que tive esse choque de realidade..

Estava observando uma foto, daquelas que o google solta de vez em quando, para relembrar que dia tal você tirou aquela foto, e me achei tão bonita, e então, comecei a lembrar sobre aquele momento e algo que me chamou a atenção foi, que no dia que tirei a foto, achei que estava horrível, o cabelo não estava bom, estava gorda, enfim... percebi que na verdade em todas as fotos sempre me vejo assim.. foi muito intenso o que senti naquele momento e percebi que nunca estive satisfeita comigo mesma.

Claro, isso pode parecer clichê, afinal é normal uma mulher não estar satisfeita consigo mesma, ouvimos falar sobre isso o tempo todo e por muitas vezes aceitamos isso mas de uma forma rasa, sem trazer para si mesma.

Mas... nesse dia, olhando eu mesma de anos anteriores, percebi o quanto me sentia mal comigo mesma, o quanto deixei passar  momentos que poderiam ser melhor aproveitados caso tivesse uma relação boa comigo mesma.

Passou o tempo, vou confessar que não mudou muita coisa, ainda continuo me vendo muito mal nas fotos, mas no mesmo momento que penso isso já lembro que é possível que daqui a alguns anos eu reveja este momento de outra forma. 

O ideal seria virar essa chave, perceber o quanto temos de bom e não somente focar nos nossos defeitos.. enfim, quem sabe um dia consigo finalmente virar...

E você, me conta se já passou por isso..

sábado, 30 de julho de 2022

O processo de aprendizagem

Todo ser humano é único e partindo desta premissa todo o processo de aprendizado de cada um também se torna único e personalizado.

Baseando-se nesta ideia, alguns pesquisadores começaram então a perceber que cada indivíduo tem um jeito personalizado de compreender e desenvolveram métodos que facilitam ao educador, perceber qual a melhor estratégia de ensino a ser aplicada.

Segundo Aquino (2007), a aprendizagem refere-se à aquisição cognitiva, física e emocional, ou seja, o quanto uma pessoa é capaz de compreender, manipular e aplicar o conhecimento ao qual foi exposto e são vários os fatores que levam à aprendizagem e compreender isto é fundamental para aplicar a estratégia mais apropriada a cada aluno.

Aquino (2007), continua: para desenvolver o aprendizado existem vários estilos de aprendizagem mas antes de abordar estes estilos, é  necessário  conhecer os Domínios, que são eles:

Físico - ligado aos cinco sentidos (visão, audição, tato, paladar, olfato)

Cognitivo - relacionado em como a pessoa pensa.

Emocional - refere-se à forma como o indivíduo se sente em termos psicológicos e fisiológicos.

Quando o Educador tem bons conhecimentos sobre os domínios acima, terá um entendimento mais abrangente sobre qual estilo de aprendizagem será mais eficiente para cada aluno, já que a maneira pela qual o indivíduo processa as informações e a entende está inteiramente ligada ao seu jeito de ser e quando aplicados num contexto mais individualizado, consegue-se então, adequar o aluno ao seu próprio estilo, o que representa grande ganho para o aprendizado.

Entendo que não é tarefa fácil ao Educador, fazer uma análise detalhada de cada aluno, mas se realmente quiser ver seu trabalho render bons frutos, terá que levar em conta esta perspectiva.

Outro pesquisador, Richard Felder, desenvolveu uma categorização dos estilos de aprendizagem, ele propõe que existe  dimensões de estilos que são: percepção, recepção, processamento e compreensão, para cada tipo de dimensão, apresenta dois estilos de aprendizagem:

1- Percepção da informação: intuitivo e sensorial

2- Recepção da informação: visual e verbal

3- Processamento da informação: ativo e reflexivo

4- Compreensão da informação: sequencial e global 

Isto significa que se uma pessoa tem estilo Intuitivo mais aguçado, consegue assimilar melhor as ideias, memórias ou possibilidades de maneira mais abstrata, já aquela com estilo Sensorial, percebe melhor quando pode ser visto, ouvido ou tocado de maneira concreta. Já aquela que na dimensão Recepção tem o estilo visual, tem a tendência de perceber melhor o que lhe é apresentado na forma de ilustrações, gráficos.. etc..

Com este conhecimento em mãos, fica muito mais fácil ao professor utilizar-se das estratégias adequadas a cada perfil, mas para isso há a necessidade de uma ligação profunda entre professor e aluno e isto cabe ao professor buscar.

Sei o quanto é difícil esta prática já que a nossa realidade nos apresenta salas abarrotadas de alunos, com um professor por sala e que isso demanda muito empenho do profissional, mas acredito que se pelo menos já tiver o entendimento de como funciona,  fica mais fácil de aplicar em sala de aula.

Fonte: www.reaprendentia.org

terça-feira, 19 de julho de 2022

Educação como fator determinante de mudança

    Um dos temas mais instigantes para mim, durante a faculdade de Pedagogia, foi sobre a questão da alfabetização e letramento. Diante de um arsenal de ferramentas e estratégias apresentadas no curso, por que ainda temos tantos analfabetos no Brasil? Por que a evasão escolar é tão alta?

    Então é claro que minha pesquisa de conclusão de curso, só poderia buscar sanar esta dúvida e se tudo tem um início porque não buscar na nossa história, algum fato desencadeador desta verdadeira epidemia de não intelectualizados no nosso país?

    Alguns anos depois da chegada dos portugueses ao Brasil, vieram para cá os Jesuítas, com o objetivo de catequizar os nativos, mas claro que não era só isso, tinha objetivo político e comercial também, os portugueses precisavam de trabalhadores, então porque não utilizar-se de uma possível mão de obra mais acessível? Mas a história nos mostra que isto não foi tão fácil assim. 

    O jesuíta Pe. Manoel da Nóbrega, foi o primeiro professor do Brasil e construiu o primeiro sistema educacional por aqui, ensinou muita gente, porém depois de dois séculos, só conseguiu atingir menos de 1% da população brasileira.

    Após a expulsão dos jesuítas, a educação no país, ficou a Deus dará, sem grandes avanços, buscando sempre em modelos europeus, metodologias que não engrenavam por aqui, devido às grandes diferenças culturais existentes entre a Europa e a colônia. Até mesmo o colégio Pedro II, seguia modelo europeu.

    Na época do império, era exigido do candidato a professor mais qualidades morais do que técnicas, o que impossibilitava  a contratação de bons professores e isso levou a tomar medidas mal planejadas, contratando gente não qualificada, por salários baixíssimos e condições de trabalho muito difíceis, sem contar que a população também não tinha na Educação, uma prioridade, já que o Brasil era um país praticamente agrário e contava com os escravos. 

    Então, conclui-se que, o professor sempre foi desvalorizado e em contrapartida, sem apoio do povo, que não via a Educação como prioridade.

    Com a proclamação da república aconteceram algumas mudanças, na era Vargas, houve um incentivo grande, tendo na Educação uma arma para evitar conflitos sociais e tentando desenvolver um cidadão mais crítico e pensante, mas logo veio a ditadura que mesmo tentando promover a educação, o fazia para fins de propaganda para se enaltecer, o que levou alunos e professores a terem muitos conflitos contra o regime.

    Mas em 1988, promulga-se a Constituição onde é estabelecido que a Educação é direito de todos e em 1996, a LDB 9394/96 garantindo que todas as crianças de 0 a 6 anos tem direito à educação.

    Bem, o que vemos até então, foi pouco avanço numa área que é de suma importância para o desenvolvimento de um país. E vimos como a desvalorização do professor é algo já entranhado na nossa cultura, sem contar que a indiferença por parte da população, gera ainda mais atraso. 

    E como mudar essa cultura? É muito fácil concluir que o que precisa são de políticas públicas voltadas para esse fim, mas sabemos que esta fala se tornou jargão político, muito falado em campanhas eleitorais mas de fato pouco realizado após a eleição.  Então o que fazer?

    Já foi mais que provado que a integração família x escola surte um efeito grandioso na educação das crianças, aquela família que tem a escola como uma prioridade, suas crianças  aprendem com mais facilidade, mas o contrário também é real, quanto menos interesse da família, mais difícil para a criança assimilar o aprendizado.

    Busquemos então, enquanto escola, estar mais perto destas famílias, desenvolvendo projetos que deêm a estes a dimensão do quanto a sua criança é importante para o desenvolvimento de si próprio, do ambiente em que vive e da sociedade de um modo geral. O que falta é consciência da importância da Educação e isto cada um de nós pode tentar desenvolver por si mesmo ou com a ajuda da comunidade em que vive. Façamos a nossa parte!

Miriam Nunes Pereira

Estudante do último ano de Pedagogia - Unitau

Fonte de pesquisa: www.novaescola.com.br

sábado, 18 de abril de 2020

Sobre a quarentena



Tive vontade de escrever, ou melhor descrever como tenho me sentido nestes dias de confinamento. Apesar de não ter feito tanta diferença, já que passo a maior parte do tempo em casa, acredito que de alguma forma já me fez ver sim,  a vida de um jeito diferente. Às vezes me deparo perguntando em qual dia da semana estamos, e isto se deve porque os dias têm sido quase sempre iguais, sem rotina... Confesso que só tenho trocado o pijama por outro, rsrs... tudo bem, isso não é assim tão adequado principalmente pra mim, que  trabalho ajudando as pessoas a serem organizadas, isso  parece até um pouco fora da caixa, dizer que estou desse jeito, mas é a realidade e está tudo bem, não me culpo por isto.
Confesso que tenho evitado a TV e os noticiários porque é de assustar realmente tudo o que estamos vivendo.
Mas já percebi que não há necessidade de ir ao mercado, assim que acaba algo da despensa e que dá sim para substituir aquele item por outra coisa qualquer... ficamos quatro dias sem ovos e tudo bem...
Também percebi que é necessário sim, resgatar aqueles velhos hábitos que já te fizeram tão feliz e que você não entende como, deixou de fazer parte da sua vida... pra mim: costurar.. tomar chá.. testar receitas.. o blog....
O que tenho notado mesmo é a importância desta introspecção e o quanto ela é benéfica para nosso aprimoramento como pessoa, aqui em casa, estamos sempre juntos, fazendo coisas juntos mas em vários momentos do dia, estamos cada um na sua, no seu canto, tentando de alguma forma se conectar consigo mesmo.. só quem não faz isto por aqui é o Brutus, aliás, ele está cada vez mais próximo de mim, quer estar o tempo todo comigo, agora mesmo enquanto escrevo, ele me 'chamou' na porta, querendo entrar...
Estamos vivendo uma situação muito diferente de tudo o que já vivemos e devemos tirar proveito da melhor forma possível, aproveitando esta oportunidade de reconexão consigo mesmo, buscando mais a espiritualidade que temos dentro de nós.
Se você, assim como eu, está na sua casa, com as pessoas que mais te são caras, Agradeça. Mas não se esqueça de orar e pedir por aqueles que não têm a mesma oportunidade, ou porque estão trabalhando na linha de frente no combate à pandemia, ou porque trabalham nos itens essenciais para garantir que nós  possamos ficar  em casa e também por aqueles  necessitam de amparo, afeto, amor, comida  e um teto.
Também adquira o hábito de observar seu entorno, seus vizinhos, seus parentes e se notar algo, tente de alguma forma ajudar, tem muita gente sem poder prover o sustento dos seus, porque não pode ir trabalhar e repartir o que você tem com estas pessoas pode sim fazer uma diferença enorme da vida deles e principalmente na sua.
Quando isso vai acabar, não sabemos... talvez demore muito para voltarmos a uma vida normal, mas espero profundamente que não voltemos a ser como antes, que possamos aprender a estar mais conectados com o nosso eu interior e assim, consigamos enxergar mais ao nosso Pai Criador, que mora dentro de cada um nós, e que   no nosso dia a dia   possamos olhar o nosso próximo com muito mais amor e compaixão.
Mas enquanto estamos no meio do furacão, precisamos prosseguir e a melhor forma é viver um dia de cada vez, procurando sempre o que há de melhor em cada momento.