Eudemim

sábado, 30 de julho de 2022

O processo de aprendizagem

Todo ser humano é único e partindo desta premissa todo o processo de aprendizado de cada um também se torna único e personalizado.

Baseando-se nesta ideia, alguns pesquisadores começaram então a perceber que cada indivíduo tem um jeito personalizado de compreender e desenvolveram métodos que facilitam ao educador, perceber qual a melhor estratégia de ensino a ser aplicada.

Segundo Aquino (2007), a aprendizagem refere-se à aquisição cognitiva, física e emocional, ou seja, o quanto uma pessoa é capaz de compreender, manipular e aplicar o conhecimento ao qual foi exposto e são vários os fatores que levam à aprendizagem e compreender isto é fundamental para aplicar a estratégia mais apropriada a cada aluno.

Aquino (2007), continua: para desenvolver o aprendizado existem vários estilos de aprendizagem mas antes de abordar estes estilos, é  necessário  conhecer os Domínios, que são eles:

Físico - ligado aos cinco sentidos (visão, audição, tato, paladar, olfato)

Cognitivo - relacionado em como a pessoa pensa.

Emocional - refere-se à forma como o indivíduo se sente em termos psicológicos e fisiológicos.

Quando o Educador tem bons conhecimentos sobre os domínios acima, terá um entendimento mais abrangente sobre qual estilo de aprendizagem será mais eficiente para cada aluno, já que a maneira pela qual o indivíduo processa as informações e a entende está inteiramente ligada ao seu jeito de ser e quando aplicados num contexto mais individualizado, consegue-se então, adequar o aluno ao seu próprio estilo, o que representa grande ganho para o aprendizado.

Entendo que não é tarefa fácil ao Educador, fazer uma análise detalhada de cada aluno, mas se realmente quiser ver seu trabalho render bons frutos, terá que levar em conta esta perspectiva.

Outro pesquisador, Richard Felder, desenvolveu uma categorização dos estilos de aprendizagem, ele propõe que existe  dimensões de estilos que são: percepção, recepção, processamento e compreensão, para cada tipo de dimensão, apresenta dois estilos de aprendizagem:

1- Percepção da informação: intuitivo e sensorial

2- Recepção da informação: visual e verbal

3- Processamento da informação: ativo e reflexivo

4- Compreensão da informação: sequencial e global 

Isto significa que se uma pessoa tem estilo Intuitivo mais aguçado, consegue assimilar melhor as ideias, memórias ou possibilidades de maneira mais abstrata, já aquela com estilo Sensorial, percebe melhor quando pode ser visto, ouvido ou tocado de maneira concreta. Já aquela que na dimensão Recepção tem o estilo visual, tem a tendência de perceber melhor o que lhe é apresentado na forma de ilustrações, gráficos.. etc..

Com este conhecimento em mãos, fica muito mais fácil ao professor utilizar-se das estratégias adequadas a cada perfil, mas para isso há a necessidade de uma ligação profunda entre professor e aluno e isto cabe ao professor buscar.

Sei o quanto é difícil esta prática já que a nossa realidade nos apresenta salas abarrotadas de alunos, com um professor por sala e que isso demanda muito empenho do profissional, mas acredito que se pelo menos já tiver o entendimento de como funciona,  fica mais fácil de aplicar em sala de aula.

Fonte: www.reaprendentia.org

terça-feira, 19 de julho de 2022

Educação como fator determinante de mudança

    Um dos temas mais instigantes para mim, durante a faculdade de Pedagogia, foi sobre a questão da alfabetização e letramento. Diante de um arsenal de ferramentas e estratégias apresentadas no curso, por que ainda temos tantos analfabetos no Brasil? Por que a evasão escolar é tão alta?

    Então é claro que minha pesquisa de conclusão de curso, só poderia buscar sanar esta dúvida e se tudo tem um início porque não buscar na nossa história, algum fato desencadeador desta verdadeira epidemia de não intelectualizados no nosso país?

    Alguns anos depois da chegada dos portugueses ao Brasil, vieram para cá os Jesuítas, com o objetivo de catequizar os nativos, mas claro que não era só isso, tinha objetivo político e comercial também, os portugueses precisavam de trabalhadores, então porque não utilizar-se de uma possível mão de obra mais acessível? Mas a história nos mostra que isto não foi tão fácil assim. 

    O jesuíta Pe. Manoel da Nóbrega, foi o primeiro professor do Brasil e construiu o primeiro sistema educacional por aqui, ensinou muita gente, porém depois de dois séculos, só conseguiu atingir menos de 1% da população brasileira.

    Após a expulsão dos jesuítas, a educação no país, ficou a Deus dará, sem grandes avanços, buscando sempre em modelos europeus, metodologias que não engrenavam por aqui, devido às grandes diferenças culturais existentes entre a Europa e a colônia. Até mesmo o colégio Pedro II, seguia modelo europeu.

    Na época do império, era exigido do candidato a professor mais qualidades morais do que técnicas, o que impossibilitava  a contratação de bons professores e isso levou a tomar medidas mal planejadas, contratando gente não qualificada, por salários baixíssimos e condições de trabalho muito difíceis, sem contar que a população também não tinha na Educação, uma prioridade, já que o Brasil era um país praticamente agrário e contava com os escravos. 

    Então, conclui-se que, o professor sempre foi desvalorizado e em contrapartida, sem apoio do povo, que não via a Educação como prioridade.

    Com a proclamação da república aconteceram algumas mudanças, na era Vargas, houve um incentivo grande, tendo na Educação uma arma para evitar conflitos sociais e tentando desenvolver um cidadão mais crítico e pensante, mas logo veio a ditadura que mesmo tentando promover a educação, o fazia para fins de propaganda para se enaltecer, o que levou alunos e professores a terem muitos conflitos contra o regime.

    Mas em 1988, promulga-se a Constituição onde é estabelecido que a Educação é direito de todos e em 1996, a LDB 9394/96 garantindo que todas as crianças de 0 a 6 anos tem direito à educação.

    Bem, o que vemos até então, foi pouco avanço numa área que é de suma importância para o desenvolvimento de um país. E vimos como a desvalorização do professor é algo já entranhado na nossa cultura, sem contar que a indiferença por parte da população, gera ainda mais atraso. 

    E como mudar essa cultura? É muito fácil concluir que o que precisa são de políticas públicas voltadas para esse fim, mas sabemos que esta fala se tornou jargão político, muito falado em campanhas eleitorais mas de fato pouco realizado após a eleição.  Então o que fazer?

    Já foi mais que provado que a integração família x escola surte um efeito grandioso na educação das crianças, aquela família que tem a escola como uma prioridade, suas crianças  aprendem com mais facilidade, mas o contrário também é real, quanto menos interesse da família, mais difícil para a criança assimilar o aprendizado.

    Busquemos então, enquanto escola, estar mais perto destas famílias, desenvolvendo projetos que deêm a estes a dimensão do quanto a sua criança é importante para o desenvolvimento de si próprio, do ambiente em que vive e da sociedade de um modo geral. O que falta é consciência da importância da Educação e isto cada um de nós pode tentar desenvolver por si mesmo ou com a ajuda da comunidade em que vive. Façamos a nossa parte!

Miriam Nunes Pereira

Estudante do último ano de Pedagogia - Unitau

Fonte de pesquisa: www.novaescola.com.br

sábado, 18 de abril de 2020

Sobre a quarentena



Tive vontade de escrever, ou melhor descrever como tenho me sentido nestes dias de confinamento. Apesar de não ter feito tanta diferença, já que passo a maior parte do tempo em casa, acredito que de alguma forma já me fez ver sim,  a vida de um jeito diferente. Às vezes me deparo perguntando em qual dia da semana estamos, e isto se deve porque os dias têm sido quase sempre iguais, sem rotina... Confesso que só tenho trocado o pijama por outro, rsrs... tudo bem, isso não é assim tão adequado principalmente pra mim, que  trabalho ajudando as pessoas a serem organizadas, isso  parece até um pouco fora da caixa, dizer que estou desse jeito, mas é a realidade e está tudo bem, não me culpo por isto.
Confesso que tenho evitado a TV e os noticiários porque é de assustar realmente tudo o que estamos vivendo.
Mas já percebi que não há necessidade de ir ao mercado, assim que acaba algo da despensa e que dá sim para substituir aquele item por outra coisa qualquer... ficamos quatro dias sem ovos e tudo bem...
Também percebi que é necessário sim, resgatar aqueles velhos hábitos que já te fizeram tão feliz e que você não entende como, deixou de fazer parte da sua vida... pra mim: costurar.. tomar chá.. testar receitas.. o blog....
O que tenho notado mesmo é a importância desta introspecção e o quanto ela é benéfica para nosso aprimoramento como pessoa, aqui em casa, estamos sempre juntos, fazendo coisas juntos mas em vários momentos do dia, estamos cada um na sua, no seu canto, tentando de alguma forma se conectar consigo mesmo.. só quem não faz isto por aqui é o Brutus, aliás, ele está cada vez mais próximo de mim, quer estar o tempo todo comigo, agora mesmo enquanto escrevo, ele me 'chamou' na porta, querendo entrar...
Estamos vivendo uma situação muito diferente de tudo o que já vivemos e devemos tirar proveito da melhor forma possível, aproveitando esta oportunidade de reconexão consigo mesmo, buscando mais a espiritualidade que temos dentro de nós.
Se você, assim como eu, está na sua casa, com as pessoas que mais te são caras, Agradeça. Mas não se esqueça de orar e pedir por aqueles que não têm a mesma oportunidade, ou porque estão trabalhando na linha de frente no combate à pandemia, ou porque trabalham nos itens essenciais para garantir que nós  possamos ficar  em casa e também por aqueles  necessitam de amparo, afeto, amor, comida  e um teto.
Também adquira o hábito de observar seu entorno, seus vizinhos, seus parentes e se notar algo, tente de alguma forma ajudar, tem muita gente sem poder prover o sustento dos seus, porque não pode ir trabalhar e repartir o que você tem com estas pessoas pode sim fazer uma diferença enorme da vida deles e principalmente na sua.
Quando isso vai acabar, não sabemos... talvez demore muito para voltarmos a uma vida normal, mas espero profundamente que não voltemos a ser como antes, que possamos aprender a estar mais conectados com o nosso eu interior e assim, consigamos enxergar mais ao nosso Pai Criador, que mora dentro de cada um nós, e que   no nosso dia a dia   possamos olhar o nosso próximo com muito mais amor e compaixão.
Mas enquanto estamos no meio do furacão, precisamos prosseguir e a melhor forma é viver um dia de cada vez, procurando sempre o que há de melhor em cada momento.






terça-feira, 14 de abril de 2020

Vamos falar sobre algo muito importante: Organização

Nestes dias de confinamento, vejo a importância de se ter ambientes organizados e arrumadinhos para se sentir melhor, pois estar de certa forma 'preso' não é lá tão agradável para o nosso psicológico.
Para ser bem sincera, confesso que a minha rotina não mudou muito já que há sete anos  trabalho em home office e há três o marido se aposentou. A única diferença tem sido maratonar com o Don 24h por dia...rsrs..
Mas fico pensando naquelas pessoas que nunca deram muita importância em ter uma 'casa de estar' e o quanto estão sofrendo por terem que ficar confinadas...
Quem me conhece sabe que sou  adepta dos cantinhos afetivos, aquela filosofia de que cada cantinho pode ser melhorado e organizado e então, decorado e assim, ser bom de estar.
Acredito que o começo de tudo deve ser pela Organização do espaço, um espaço organizado fica mais fácil de 'sentir' o que é necessário para torná-lo aconchegante, então vamos lá...
A primeira coisa a se fazer é criar rotina! Ta bom... eu sei que criar rotina pode ser um tanto chato e cansativo, mas talvez este seja o melhor momento para tentar criar alguns hábitos.
Nesta semana, o blog @organizesemfrescuras, da Rafaela Oliveira, postou algumas ideias de como organizar esta rotina e vou compartilhar aqui com vocês. Ela distribuiu tarefas para o decorrer dos cinco dias úteis da semana.. (olha aí que legal, você vai ter dois dias de 'folga', então talvez não seja assim tão ruim...), notem que é uma rotina facilmente de ser seguida quando tudo voltar ao normal, pois ela dividiu as tarefas entre manhã e noite, mas são apenas sugestões ta bom, você pode ir adaptando e criando a sua rotina.









Este é só o primeiro passo...
 Lembre-se que ter uma casa organizada facilita muito a vida, pois sobra tempo para fazer outras coisas que você realmente gosta como ler, ver séries, cozinhar, etc.. etc..
Porém existe também outra coisa que você pode realmente começar a apreciar, a partir da organização, que é criar os tais cantinhos afetivos que tanto falo.

Abaixo, meus livros preferidos sobre o assunto:



Acredito ser o livro mais completo sobre Organização no Brasil, ela tinha liberado o acesso para o ebook, vale à pena conferir se ainda está disponível.




O Vida Organizada da Thais Godinho, está sempre disponível na minha mesa de trabalho, pois ele apresenta várias ideias para organizar a vida mesmo e virou uma espécie de manual para mim...

Bem, é isto! Na próxima postagem sobre Organização, vou contar pra vocês um pouquinho da rotina aqui de casa. Até mais!!



sábado, 11 de abril de 2020

De volta outra vez...

Ahh... quanto tempo!! Senti realmente muita vontade de voltar a escrever!! Talvez seja por causa destes dias difíceis que estamos vivendo, acredito que o confinamento nos leva a refletir ainda mais sobre aquilo que realmente faz sentido em nossa vida.
Estou aqui, de volta, espero ficar... em tempos onde escrever já está meio ultrapassado, quem sabe consigo resgatar este espaço onde fui tão feliz!!
Mudei o nome do blog, o mundinho já não faz muito sentido, resolvi assumir minha identidade, meu nome mesmo, espero que me entendam.. quero trazer coisas do meu cotidiano que continua simples e super caseiro, afinal é isso que me move, o viver intensamente todos os momentos que parecem não ter importância.
Bem, por enquanto é isso...
A foto abaixo, representa bem meu momento interno... não tem coisa melhor pra mim, do que estar junto dos meus...